Bruce Handler: Uma Vida Dedicada ao Jornalismo Internacional


Bruce Handler, natural de Chicago, iniciou sua carreira na Associated Press (AP) em 1967, em Portland, Oregon, após concluir seu mestrado em Jornalismo pela Universidade de Oregon. Seu primeiro emprego havia sido como editor de notícias na KEZI-TV, em Eugene.
Um dos momentos mais marcantes de sua passagem por Oregon foi quando o Chefe de Escritório (COB) Frank Wetzel o escolheu paraintegrar o avião de imprensa que acompanhava Robert Kennedy durante as primárias democratas de 1968 – uma missão de grande prestígio que normalmente seria destinada ao experiente repórter político do escritório.
Handler sempre demonstrou interesse pela América Latina. Reconhecendo isso, Frank Wetzel providenciou sua transferência para a editoria internacional da AP em 1968. No entanto, a vida pessoal também chamava: Bruce havia começado um relacionamento com uma estagiária de verão do escritório, recém-formada na Escola de Jornalismo da Universidade de Oregon. Apaixonados, casaram-se no mesmo ano. Ambos compartilhavam o desejo de explorar a América Latina.
Bruce conquistou uma bolsa da Sociedade Interamericana de Imprensa para estudar em Buenos Aires, o que os levou a uma épica viagem terrestre de cinco meses do Oregon até a Argentina. Ao chegar a Buenos Aires, com as universidades em recesso de verão, Handler procurou o escritório local da AP. O Chefe de Escritório Louis Uchitelle, surpreso ao encontrar um ex-funcionário da AP fluente em espanhol, imediatamente o colocou para trabalhar. Sem equipe suficiente e aguardando reforços, Lou contratou Bruce por dois dólares à hora, pagos em pesos argentinos.
O desempenho de Handler impressionou. Lou recomendou que ele fosse readmitido oficialmente pela AP. Assim, em 1969, George Arfeld, então Chefe de Escritório no Rio de Janeiro, contratou Bruce como repórter na sucursal de São Paulo, onde trabalhou com os correspondentes Ike Flores e posteriormente Ed Miller. Foi nesse período que Handler viveu uma inesperada aventura no Chile.
Em 1971, Bruce foi promovido a editor de notícias no Rio de Janeiro, sob a liderança de Dennis Redmont. Sua carreira na AP foi marcada por idas e vindas: em 1974, deixou a agência para atuar como correspondente especial da Newsweek e The Washington Post no Rio. Com um contrato que incluía retentor garantido, despesas e plano de saúde, também se aventurou em projetos freelance, colaborando com a NBC Radio, a New York Times Magazine, The Atlantic e SaturdayReview.
Em 1977, após receber uma bolsa de aperfeiçoamento profissional em jornalismo em Stanford, Bruce foi novamente chamado pela AP – pela terceira vez – para assumir o cargo de Chefe de Escritório no Rio de Janeiro, sucedendo seu antigo chefe Ed Miller. Ele ocupou essa posição de liderança de 1978 até 1993, sob a supervisão de Claude Erbsen, então Vice-presidente da AP e Diretor de Serviços Internacionais.
Durante sua longa carreira na América Latina, Handler tornou-se peça-chave em coberturas de grande impacto, como a Guerra das Malvinas na Argentina (1982), o regime militar de Pinochet no Chile, conflitos com guerrilhas e processos eleitorais no Peru, e o combate ao narcotráfico na Colômbia e na Bolívia. Mesmo após décadas vivendo no Brasil e falando fluentemente o português, manteve seu domínio do espanhol, o que o tornou um "bombeiro" da AP em situações de crise em toda a região.
Bruce também construiu sua vida pessoal no Brasil. Após seu primeiro casamento terminar, casou-se com uma brasileira, com quem viveu até seu falecimento em 2016. Ele continua morando na casa em Niterói, com uma vista deslumbrante para o Rio de Janeiro, onde construiu sua vida e seu legado profissional.
A trajetória de Bruce Handler é o retrato de uma carreira jornalística extraordinária, marcada por coragem, paixão pela notícia e um profundo compromisso com a excelência e a verdade.
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